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Contra os chefes, contra as oligarquias |
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Richard Rorty(entrevista a Derek Nystrom e Kent Puckett)
Entrevista, sobre filosofia política, concedida por Richard Rorty aos professores Derek Nystrom e Kent Puckett. Em cada fala emerge uma ideia contraintuitiva, uma interpretação surpreendente, uma releitura de eventos, personagens e situações que pareciam já devidamente explicados. Rorty encara as ideias e as posições partidárias não pelo ângulo ideológico, mas pelo impacto que tiveram na construção da nação norte-americana. Ele traça vínculos entre história e biografias, entre Estado e facções políticas, entre passado e futuro. A entrevista é precedida por um prefácio de Paulo Ghiraldelli Jr. e Alberto Tosi Rodrigues, responsáveis pela organização e pelas notas da edição. |
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Crítica da razão dialética |
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Jean-Paul Sartre
Esmiúça o “ser em si” filosófico a partir de indagações sobre o objeto, as coisas inertes, a serialidade e o peso das medidas econômicas. Guiado pela exegese da práxis, Sartre luta para devolver ao homem, sufocado pela presença do objeto, sua condição essencial de sujeito. A edição é apresentada pelo filósofo Gerd Bornheim. “Se há uma palavra que define todos os empenhos de Sartre, ela é exatamente esta: a liberdade, o lugar por excelência de todas as contradições, de todos os encontros e desencontros, sinônimo que é […] da própria existência humana. O ser e o nada encontra a sua complementação necessária, ainda que na medida dos contrapesos, nesta Crítica da razão dialética”. O texto é estabelecido e anotado por Arlette Elkaïm-Sartre. |
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Ensaios sobre Michel Foucault no Brasil: presença, efeitos, ressonâncias |
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Heliana de Barros Conde Rodrigues
A relevância adquirida pelo pensamento de Michel Foucault no Brasil contemporâneo é circunstância bem conhecida. A despeito disso, poucos têm se dedicado a investigar suas cinco visitas a nosso país, datadas de 1965, 1973, 1974, 1975 e 1976. Sendo assim, a autora desenvolveu a pesquisa “Michel Foucault no Brasil: presença, efeitos e ressonâncias”, cujos objetivos incluem o estabelecimento de uma “audiografia” da presença do Foucault-corpo no Brasil – análise do modo como ele aqui ocupou os espaços de fala –, bem como de uma “geo-epistemologia” – busca das condições geopolíticas de produção do saber – e de uma “cronobibliografia” das ideias de Foucault entre nós – exame analítico-crítico das temporalidades associadas à primazia conferida a determinados procedimentos, categorias, problemáticas e conceitos pelos intelectuais e militantes brasileiros. |
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Filosofia, educação e política |
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Michael F. Shaughnessy(org.)
Mitja Sardoč (org.)
Paulo Ghiraldelli Jr.(org.)
Pedro F. Bendassolli(org.)
Numa série de entrevistas, scholars dedicados à filosofia da educação discorrem sobre temas como educação cidadã, pedagogia revolucionária, práticas educacionais, grade curricular, padrões de avaliação, grupos minoritários, política e governo. A educação é vista como prática efetiva de transformação social, e não apenas como corpus de conhecimentos “técnicos”, como didática ou produto de políticas educacionais. Abordam-se algumas das mais cruciais questões éticas, morais e filosóficas que dividem professores, pesquisadores e pensadores. O confronto aberto e sério de posturas intelectuais a respeito da educação é enriquecido pelo fato de os entrevistados integrarem diferentes tradições e correntes de pensamento. |
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Hermenêutica e educação |
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Nadja Hermann
O problema central da hermenêutica, modo de filosofar que tematiza a compreensão da experiência humana no mundo, é a interpretação — ato cultural, associado à criação do sujeito e à produção do saber, que surge com as lutas espirituais do Renascimento. A interpretação, que de tão perto interfere na prática educativa e nas investigações que a ciência acomete, está no cerne da atividade hermenêutica, que a adota como verdadeiro princípio, por considerar a compreensão instância fundadora da existência. Este livro delineia os traços básicos da filosofia hermenêutica, o contexto em que se origina, o programa de Hans-Georg Gadamer e a aproximação reflexiva da educação a partir de suas possibilidades compreensivas. |
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Humanidades |
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Paulo Ghiraldelli Jr.(org.)
Ronie Alexsandro Teles da Silveira(org.)
Oferece um panorama de disciplinas básicas que integram essa macroárea do conhecimento, como política, sociologia, antropologia, direito, feminismo, psicologia, literatura, filosofia, epistemologia e teologia. A abordagem dos textos é simples, feita segundo um vocabulário de encomenda: solicitou-se aos autores — especialistas nos assuntos de que tratam — que escrevessem de maneira que o “leigo culto” pudesse assimilar rapidamente o conteúdo. Os assuntos são agrupados sem nenhuma hierarquia, pois a noção de que as humanidades possam ser apreendidas segundo critérios de prioridade inviabiliza iniciativas que deveriam propiciar o ultrapasse das fronteiras entre variegadas formas do saber. |
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Lugares da infância: filosofia |
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Walter Omar Kohan(org.)
Trata da relação entre infância e filosofia. Na primeira seção, aborda-se a infância, dialogando-se com o poeta mato-grossense Manoel de Barros e ressituando-a além da cronologia: a infância como o que educa, e não apenas como o que precisa ser educado; uma infância da educação, e não só uma educação da infância. Na segunda, destaca-se a questão literária, presente, por exemplo, na interrogação acerca dos conceitos de “história” e “pensar” que atravessam a tentativa de conceber o sentido da filosofia e da literatura infantil. Na terceira e última seção, os textos se detêm em temas relacionados, entre outros aspectos, a propostas de trabalho e pesquisas relativas à presença da filosofia no ensino fundamental. |
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Nietzsche e os gregos: arte, memória e educação — assim falou Nietzsche v |
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Charles Feitosa (org.)
Miguel Angel de Barrenechea (org.)
Paulo Pinheiro (org.)
Traz à tona as reflexões da quinta edição do simpósio internacional Assim falou Nietzsche, que celebrou os 160 anos de nascimento do filósofo. Este livro, no qual se resgata o páthos vital que ele partilha com os gregos, aborda questões acerca da arte, da memória e da educação. Almeja-se retomar o espírito antidogmático que Nietzsche cultuou, sob a inspiração de filósofos antigos, mestres na arte de pensar e viver. Como os helenos, ele quis que a filosofia arejasse a vida, que o conhecimento não ficasse restrito aos profiláticos gabinetes acadêmicos. Inspirado nos gregos, tentou fazer da vida uma incessante criação, jamais permitindo que a precisão do pensamento limitasse a expansão da vida. (Ver A fidelidade à terra). |
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Ordens do discurso: comentários marginais à aula de Michel Foucault |
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Rosimeri de Oliveira Dias(org.)
Heliana de Barros Conde Rodrigues(org.)
“Que civilização, aparentemente, teria sido mais respeitosa com o discurso que a nossa? Onde teria sido mais e melhor honrado? Onde, aparentemente, teria sido mais radicalmente libertado de suas coerções e universalizado? Ora, parece-me que sob esta aparente veneração do discurso, sob essa aparente logofilia, esconde-se uma espécie de temor. … Há, sem dúvida, em nossa sociedade e, imagino, em todas as outras mas segundo um perfil e facetas diferentes, uma profunda logofobia, uma espécie de temor surdo desses acontecimentos, dessa massa de coisas ditas, do surgir de todos esses enunciados, de tudo que possa haver aí de violento, de descontínuo, de combativo, de desordem, também, e de perigoso, desse grande zumbido incessante e desordenado do discurso.”
(Michel Foucault, A ordem do discurso)
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Os pioneiros do pragmatismo americano |
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John R. Shook
Fabiano Calixto
Em torno de questões de lógica, estética, metafísica, epistemologia, ética e política, o autor apresenta o pensamento dos três pragmatistas clássicos: Charles S. Peirce, William James e John Dewey, que consagraram suas vidas a defender novas formas de descrever a existência pessoal e coletiva. Ele explora o modo pelo qual o conhecimento, a verdade e a realidade são compreendidos segundo a maneira pessoal e idiossincrática de cada um e conforme a natureza da investigação que se propuseram. Ao discorrer sobre os fundamentos da obra desses pensadores, John Shook, professor de filosofia da Universidade de Oklahoma (EUA), faz o inventário do vasto legado intelectual que a filosofia do Ocidente deles herdou. |
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Pedagogia (improvável) da diferença: e se o outro não estivesse aí? |
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Carlos Skliar
E se, na verdade, o outro não estivesse aí? Sem o outro não seríamos nada; porque a mesmidade não seria mais do que um egoísmo apenas travestido. Porque, se o outro não estivesse aí, só restaria a vacuidade e a opacidade de nós mesmos, a nossa pura miséria, a própria selvageria que nem ao menos é exótica. Porque o outro já não está aí, senão aqui e em todas as partes; inclusive onde nossa pétrea mesmidade não alcança ver. E porque, se o outro não estivesse aí, mais valeria que tantas reformas nos reformassem a nós mesmos de uma vez e que tanta biodiversidade nos fustigasse com seus monstros pela noite. Atualmente as palavras “outro”, “respeito ao outro”, “abertura ao outro” etc. começam a resultar um pouco enfadonhas. Há algo que se torna mecânico nesse uso moralizante da palavra “outro”. Mas a questão do outro assumida por Carlos Skliar rareia com as discussões sobre as temporalidades e espacialidades do outro, com as representações e imagens habituais do mundo da alteridade, e tudo isso com o desmesurado e pretensioso propósito de deslizar na política, poética e filosofia da diferença. |
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Pensar com Foucault |
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Walter Omar Kohan(org. e trad.)
Elvira Vigna(ilustr.)
Este livro é um convite a entrar na filosofia pelas mãos de Foucault, um dos pensadores contemporâneos mais potentes, diretamente, sem intermediários, sem mediações, frente a frente, pensamento a pensamento, vida a vida, de olhos abertos e dispostos a colocar em questão o que hoje nos parece certo e inquestionável. Pensar com Foucault é uma iniciação, uma tentativa de encontro. A força de Michel Foucault não está apenas em suas ideias, teorias ou conceitos, mas também no estilo de pensamento e de escrita que atravessa os saberes e os modos tradicionais de se relacionar com eles, que explode as disciplinas, as faz repensar e repensar-se a si próprias: filosofia, antropologia, sociologia, história, medicina social, direito, entre tantas outras. Não existe área das ciências humanas e sociais que de alguma forma não se veja direta ou indiretamente afetada pelo pensador e que não possa tirar proveito de suas contribuições. Mas também não se trata apenas disso: no caso de Foucault, o que está em jogo é a própria tarefa do intelectual, seu sentido, a relação entre o campo das ideias e a vida individual e coletiva em que essas ideias se colocam em jogo.
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Pensar com Heráclito |
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Walter Omar Kohan(org. e trad.)
Elvira Vigna(ilustr.)
Heráclito é um enigma impossível de decifrar e impossível de não querer decifrar. Ele escreveu apenas um livro, do qual conservamos mais de cem fragmentos, sendo alguns muitos curtos, só palavras soltas. Mesmo assim, a força de seu pensamento é notável. Os fragmentos abordam quase todos os temas: política, religião, ética, estética, antropologia, entre outros. O estilo é tão forte e próprio, que Hegel lhe atribuiu ser o fundador da dialética. É difícil que qualquer ser humano, filósofo ou não, não se sinta tocado pela sua potência e vitalidade. Nada em Heráclito é simples, de uma única forma. O enigma de Heráclito é também o enigma da filosofia, essa tentativa louca de compreender o que somos, onde estamos, para que vivemos. Disso tratam, com singular brilho e força enigmática, estes fragmentos, que nada afirmam ou negam, mas dão sinais de que o leitor, cada leitor, decifra na experiência da leitura. |
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Pensar com Sócrates |
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Walter Omar Kohan(org. e trad.)
Elvira Vigna(ilustr.)
Sócrates é um enigma. Platão ajudou muito para que o fosse. Sócrates não queria escrever, porém Platão o escreveu em diálogos: intensos, abertos, contraditórios, para não trair tanto o mestre. Neles, encontramos a vida de Sócrates e também sua morte. Sim, sua morte, porque de Sócrates sabemos quase mais de sua morte do que de sua vida. Ou das duas, porque Sócrates morreu para dar-se vida, para não perder a vida, para ganhar outra forma de vida, para fortalecer a vida. Nada em Sócrates é simples, de uma única forma. Sócrates era um educador singular: condenado por corromper
os jovens, não se reconhecia como mestre, mas aceitava que alguns aprendessem com ele. Sem ser um mestre, provocava aprendizagens. |
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Política e polícia: Cuidados, controles e penalizações de jovens |
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Acácio Augusto
“A prisão é uma política. Quando se fala de prisão ou de suas implicações, como a tortura, sempre se tem em mente um grande sistema, uma máquina gigantesca cheia de tentáculos. De fato, a prisão é uma máquina de moer carne humana, é um depósito de pessoas-lixo, um triturador de corpos, corações e mentes – um aniquilador de existências. Mas ela começa bem antes; antes, ela existe como princípio moral e prática ordinária, para depois ser um prédio. É nesse sentido que a prisão é uma política. E desta maneira, não se enfrenta o problema das prisões olhando apenas para seus prédios e para as leis que a regulam. [Nas palavras de Foucault] ‘Temos que ouvir o ronco surdo da batalha.’”
Do livro
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Sartre: philía e autobiografia |
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Deise Quintiliano
Literata com espírito filosófico, a autora trata da noção de amizade nos textos biográficos de Sartre. Para isso, recompõe o itinerário da philía desde sua concepção mais antiga, a dos gregos, seguida por ela nos traços de sua evolução até Blanchot, Derrida, Foucault, e confrontada à literatura. Uma “ética da benevolência” proviria da promessa piedosa, da utopia generosa mas irrealista, da mentira humanista denunciada na primeira obra de Sartre, A náusea, na qual a amizade brilha por sua ausência, sendo a solidão a herança de uma consciência lúcida da existência.
A humanização do homem passa por uma literatura na qual a subjetividade se assume como liberdade e apelo à liberdade do outro. |
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