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150 anos de subúrbio carioca |
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Márcio Piñon de Oliveira(org.)
Nelson da Nóbrega Fernandes(org.)
Com um olhar crítico sobre a expansão urbana no Rio de Janeiro, 150 anos de subúrbio carioca reúne textos de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, inicialmente apresentados em colóquio de mesmo nome realizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Urbanas (Neurb), da Universidade Federal Fluminense (UFF), em 2008. O livro, ricamente ilustrado com fotos, analisa desde a ocupação inicial do subúrbio, passando pelo desenvolvimento dos transportes públicos, pela criação de vilas operárias, até representações culturais dessas áreas, como o filme Rio, Zona Norte, de Nelson Pereira do Santos. Assim lança luz sobre aspectos que o pensamento dominante, na sua visão fortemente estigmatizada, acaba por ignorar. |
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A educação nas Constituições do Brasil: dados e direções |
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Messias Costa
Amparado em sólida pesquisa, este
livro cumpre dois objetivos básicos,
identificados no subtítulo: fornecer
dados para outros trabalhos que
tenham como escopo o estudo da
educação nas Constituições brasileiras;
facilitar a realização de análises
das diversificadas direções seguidas
pela educação no país desde a
Independência. Inclui as matérias que,
direta ou indiretamente, são
relevantes para o exame da área —
como educação ambiental, voto de
analfabetos, aposentadoria de
professores e o princípio jurídico
“todos são iguais perante a lei”, entre
outros presentes ao longo das Cartas
de 1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e
1988. Acompanham cada texto
constitucional as respectivas emendas
que tratam da educação. |
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As subjetividades em revolta: institucionalismo francês e novas análises |
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Heliana de Barros Conde Rodrigues
Este livro constrói a história da análise institucional francesa, em suas vertentes socioanalítica (René Lourau, Georges Lapassade) e esquizoanalítica (Gilles Deleuze, Felix Guattari). Diferentemente de outras formas de historicização de tipo positivista, anacronista ou hagiográfico, faz com que o institucionalismo emerja como singularidade em meio aos regimes de verdade, prática e subjetivação que marcaram a intelectualidade francesa no século XX, do pós-guerra ao início da década de 1980. Nesse percurso, configuram-se dois grandes períodos: o primeiro é dimensionado por um eixo horizontal que incita a uma escolha obrigatória entre os mundos do Leste (comunista) e do Oeste (capitalista), estendendo-se de 1944/45 a 1956; o segundo, por um eixo vertical que confronta o Norte (colonizador) ao Sul (colonizado), prolongando-se de 1955/56 a 1968. Esta última lógica abarca uma série de colonialismos externos (entre nações) e internos (entre racionalidades, idades, estatutos, classes, sexualidades, saberes, raças, gêneros etc.), culminando na grande recusa de Maio de 1968, com seus múltiplos efeitos epistemológicos, políticos e ético-estéticos. O institucionalismo francês pode, assim, ser apreendido como resultante da abertura teórico/prático/ética a esta lógica da revolta, a qual marca tanto a socioanálise quanto a esquizoanálise, que se diferenciam, outrossim, pela predominância respectiva do referencial dialético e da filosofia da diferença. As inúmeras camadas de que o presente livro é composto – literárias, artísticas, cinematográficas, partidárias, filosóficas, midiáticas, bélicas, teatrais, científicas, desejantes, profissionais, acadêmico-universitárias etc. – facultam, inclusive, o estabelecimento de uma comparação entre as duas vertentes, em que são analisadas suas contribuições e/ou limitações para a invenção de novas análises – desnaturalizadoras, transversalizantes e micropolíticas. |
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Com a taça nas mãos: Sociedade, Copa do Mundo e ditadura no Brasil e na Argentina |
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Lívia Gonçalves Magalhães
No ano da realização da Copa do Mundo no Brasil e do aniversário de 50 anos do golpe civil-militar brasileiro, as discussões em torno das históricas relações entre futebol e política parecem ter ganhado maior retumbância. Foi assim também nas Copas de 1970, no México, vencida pela seleção brasileira, e de 1978, na Argentina, conquistada pela seleção da casa, quando os governos dos países das duas equipes campeãs foram acusados de usarem os Mundiais para fins políticos, em vista dos regimes civil-militares pelos quais passavam à época. Afinal, em meio às euforias dos campeonatos, partidas e conquistas dentro de campo, havia uma série de repressões, denúncias e torturas acontecendo no Brasil e na Argentina. Mas, ao mesmo tempo, as Copas do Mundo foram também um espaço de distintas manifestações sociais, que vão além da dicotomia apoio × resistência. Seria certo, então, afirmar que as Copas foram “ferramentas” utilizadas pelos governos das ditaduras brasileira e argentina? |
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Contra os inimigos da ordem: a repressão política do regime militar brasileiro (1964-1985) |
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Marco Aurélio Vannucchi L. de Mattos
Walter Cruz Swensson Jr.
Aborda o regime militar brasileiro, com ênfase nos mecanismos de repressão que ajudaram a garantir sua vigência. Inaugurado com o golpe de 1964, o regime enfrentou a oposição de diversos setores da sociedade civil. Para fazer frente às contestações e aos protestos, lançou mão de estratégias repressivas, paulatinamente adaptadas, em direção a uma severidade extrema, à medida que se transformava a conjuntura política: cassação de mandatos parlamentares, montagem de um amplo aparato de segurança, edição de uma legislação de exceção (como os atos institucionais e as leis de segurança nacional), julgamento de “criminosos políticos” pela Justiça Militar, tortura e assassinatos. |
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Corações na ponta da chuteira: capítulos iniciais da história do futebol brasileiro (1919-38) |
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Fábio Franzini
Nascido na Inglaterra na segunda metade do século xix, o futebol logo transpôs os limites das ilhas britânicas para conquistar pés e corações mundo afora. No Brasil, onde não demorou a aportar, não seria diferente, exceto pelos resultados de sua formidável aclimatação. Hoje, passado mais de um século dos primeiros chutes nativos, eis que nos achamos reconhecidos como o país do futebol. Este livro escapa às interpretações lineares e fáceis desse processo, bem como à superfície da paixão incondicional dedicada à bola, do brilho de craques estelares, de conquistas em gramados internacionais, para buscar as raízes do estreito vínculo entre um esporte de origem estrangeira e nossa própria identidade nacional. |
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Das “técnicas” de fazer desaparecer corpos: Desaparecimentos, violência, sofrimento e política |
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Fábio Alves de Araújo
Das “técnicas” de fazer desaparecer corpos é o resultado de um estudo socioantropológico que descreve e analisa as relações entre sofrimento, violência e política, a partir da experiência e da perspectiva dos familiares de vítimas de violência. Focaliza-se uma modalidade específica de casos e situações: o desaparecimento forçado de pessoas, e, portanto, a violação e a ausência dos corpos. Por meio das narrativas dos familiares dos desaparecidos, é possível acessar certas gramáticas morais e políticas em que categorias e temas como desaparecimento, desaparecido, vítima, familiar de vítima, morte violenta, favela, violência policial/estatal, milícia, “traficantes”, terror, luto, justiça, ação coletiva e espaço público emergem no processo de construção de uma teia de significados e sentidos.
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Ensaios sobre Michel Foucault no Brasil: presença, efeitos, ressonâncias |
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Heliana de Barros Conde Rodrigues
A relevância adquirida pelo pensamento de Michel Foucault no Brasil contemporâneo é circunstância bem conhecida. A despeito disso, poucos têm se dedicado a investigar suas cinco visitas a nosso país, datadas de 1965, 1973, 1974, 1975 e 1976. Sendo assim, a autora desenvolveu a pesquisa “Michel Foucault no Brasil: presença, efeitos e ressonâncias”, cujos objetivos incluem o estabelecimento de uma “audiografia” da presença do Foucault-corpo no Brasil – análise do modo como ele aqui ocupou os espaços de fala –, bem como de uma “geo-epistemologia” – busca das condições geopolíticas de produção do saber – e de uma “cronobibliografia” das ideias de Foucault entre nós – exame analítico-crítico das temporalidades associadas à primazia conferida a determinados procedimentos, categorias, problemáticas e conceitos pelos intelectuais e militantes brasileiros. |
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Episódios de história afro-brasileira |
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Mariza de Carvalho Soares
Ricardo Henrique Salles
Ressalta os temas da escravidão e da população afrodescendente. Somente a partir desses assuntos e do realce do papel desempenhado por negros e mestiços é possível uma interpretação abrangente da formação social do país. Para tanto, abordam-se os principais episódios, em que a participação de escravos e afro-brasileiros livres foi importante, que levaram à constituição do país, até os anos 1930 — Levante do Malês, Balaiada, Farroupilha, Praieira, Guerra do Paraguai, Canudos, Revolta da Vacina, Contestado. O conteúdo é dirigido a educadores, pesquisadores, militantes e mesmo a quem ainda crê ser o Brasil um país livre da tragédia que é o racismo. |
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Experiências na formação de professores: memórias, trajetórias e práticas do Instituto de Educação Clélia Nanci |
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Inês Ferreira de Souza Bragança(org.)
Mairce de Silva Araújo(org.)
Traduzir e resgatar um percurso que precisa ser contado: o do Instituto de Educação Clélia Nanci, patrimônio histórico e simbólico da formação de professores de nível médio do município de São Gonçalo, o segundo mais populoso do estado do Rio de Janeiro. Essa é a proposta deste livro, que narra as experiências, memórias, histórias, movimentos educativos e processos formativos de diferentes matizes na educação de docentes, no IECN, construindo resistências e (re)inventando outros modos de formar profissionais. Este livro, uma coletânea composta por vários fios de memórias, é um convite para adentrarmos os muros do Clélia Nanci, seus espaços e suas vozes – espaços esses que buscam promover encontros intergeracionais entre professores e jovens estudantes que tomam a experiência compartilhada como oportunidade de reescrever outras histórias e outras memórias. Em uma realidade cuja educação pública ainda encontra-se desprovida de grandes investimentos, o IECN, que em 2013 completou 50 anos, fortalece-se como espaço necessário – um oásis de produção de narrativas. Nesse contexto, o livro deseja construir uma experiência com o passado que potencialize o presente e os projetos de futuro para a formação docente.
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Forrobodó na linguagem do sertão: Leitura verbovisual de folhetos de cordel |
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Alberto Roiphe
Alberto explica: “É na leitura de folheto de cordel que se conhece outro folheto de cordel. Esses folhetos, como se viu, se inter-relacionam por meio da forma como os personagens se exibem, por meio dos instrumentos que usam, por meio do espetáculo que provocam. … O efeito estético sobre o leitor se amplia à medida que não se limita somente ao gosto pelo espetáculo por meio do aplauso ou da vaia, mas experimenta, em meio à oscilação entre a luta e a festa, assim como fazem o poeta e o artista, possibilidades poéticas de escolhas, provocações, comparações, irreverências, contradições, descobertas. Sem limites.” |
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Os infames da história: pobres, escravos e deficientes no Brasil |
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Lilia Ferreira Lobo
Este livro envereda pela história infame daqueles que, tornados indesejáveis e postos à margem, foram úteis ao controle e à expansão dominantes: os pobres, os doentes, os desvalidos. Em pesquisa de fôlego, a autora traça a história das monstruosidades, em que a concepção das diferenças viaja das maravilhas do mundo dos navegantes dos séculos XV e XVI às produções de uma biologia dos monstros no século XIX e, por extensão, à teratologia social consolidada pela teoria das degenerescências. A análise mapeia as marcas do controle inquisitorial sobre a população da Colônia, um tribunal dos pecados em contraste com o julgamento eugênico de todos os desvios — o ideal do controle do perigo social das procriações. |
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Palavra, imagem e poder: o surgimento da imprensa no Brasil do século XIX |
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Marco Morel
Mariana Monteiro de Barros
A fim de mostrar a influência da imprensa na vida pública do país, este livro percorre um século xix ampliado, de 1808 a princípios do século xx, com ênfase na década de 1820, que assistiu aos movimentos iniciais dos veículos impressos. Os autores destacam o surgimento da opinião pública, os principais periódicos, suas formas de circulação, recepção e os pontos de contato com a literatura e com a história da imagem (caricatura e fotojornalismo). Tratam, ainda, da formação do público leitor, inclusive feminino, da relação entre redatores e escritores nos Oitocentos e entre a imprensa e diferentes comércios e poderes, e da eclosão das primeiras manifestações reivindicatórias dos trabalhadores das gráficas. |
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Para realizar a América |
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Richard Rorty
Richard Rorty descreve os caminhos da esquerda e da direita nos Estados Unidos da América, revendo esses conceitos na vida política de hoje. Ele defende a ideia de que a verdade inflacionada não mais se sustentaria teoricamente — continuar com ela acarretaria, tão somente, a descrença na palavra “verdade”. Sem metanarrativas tomadas como projetos bem delineados, não se perderá o futuro; pelo contrário, voltar-se-á a sonhar, e cada vez mais, pois o que impedia de fazê-lo eram justamente os “sonhos” delineados. As utopias bem postas no papel e bem comentadas em livros de teoria social não se sustentaram diante da prática, que mostrou que as utopias, à direita e à esquerda, levaram ao sofrimento. |
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Sartre: philía e autobiografia |
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Deise Quintiliano
Literata com espírito filosófico, a autora trata da noção de amizade nos textos biográficos de Sartre. Para isso, recompõe o itinerário da philía desde sua concepção mais antiga, a dos gregos, seguida por ela nos traços de sua evolução até Blanchot, Derrida, Foucault, e confrontada à literatura. Uma “ética da benevolência” proviria da promessa piedosa, da utopia generosa mas irrealista, da mentira humanista denunciada na primeira obra de Sartre, A náusea, na qual a amizade brilha por sua ausência, sendo a solidão a herança de uma consciência lúcida da existência.
A humanização do homem passa por uma literatura na qual a subjetividade se assume como liberdade e apelo à liberdade do outro. |
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Sinais de fumaça na cidade: uma sociologia da clandestinidade na luta contra a ditadura no Brasil |
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Henri Acselrad
A clandestinidade política na luta contra a ditadura é, com frequência, resumida no ato de escrever e ir queimando as anotações. Nas palavras de um militante, a sensação era de escrever com fumaça: “assim, índio clandestino, enviava meus sinais de fumo”. O presente livro discute como o exercício da política, nas condições do regime de arbítrio, desviou-se para as margens, ao custo de fazer-se através de “sinais de fumaça”. Observando alguns destes sinais, contidos na fumaça a que foi relegada a vida política brasileira durante a ditadura, o autor procura dar a conhecer os impasses da experiência de grupos que mergulharam na vida clandestina. Aguçando a vista para observar o mínimo e o pouco visível na vida social da época, busca en- tender as relações que os militantes estabeleceram, em seu cotidiano, com a sociedade que buscavam então mobilizar.
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Triunfos e impasses: Lina Bo Bardi, Aloisio Magalhães e o design no Brasil |
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Zoy Anastassakis
Discutindo questões formuladas por parte da crítica de design no Brasil, este livro problematiza as relações entre design, modernidade e brasilidade, observando-as a partir das perspectivas de Lina Bo Bardi e Aloisio Magalhães – personagens que, segundo alguns dos críticos contemporâneos, conformariam uma “outra vertente” do design brasileiro, mais comprometida com a ideia de “identidade nacional” e, por isso mesmo, representativa de alguns “sinais de divergência” em meio ao campo do design no país. Orientada por uma “visão cultural mais ampla”, essa “outra vertente” buscaria “assimilar a cultura popular” em “projetos de natureza participativa”, que, ao investirem na “contextualização cultural”, abririam caminho para um “desenvolvimento autônomo”. |
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