No ano da realização da Copa do Mundo no Brasil e do aniversário de 50 anos do golpe civil-militar brasileiro, as discussões em torno das históricas relações entre futebol e política parecem ter ganhado maior retumbância. Foi assim também nas Copas de 1970, no México, vencida pela seleção brasileira, e de 1978, na Argentina, conquistada pela seleção da casa, quando os governos dos países das duas equipes campeãs foram acusados de usarem os Mundiais para fins políticos, em vista dos regimes civil-militares pelos quais passavam à época. Afinal, em meio às euforias dos campeonatos, partidas e conquistas dentro de campo, havia uma série de repressões, denúncias e torturas acontecendo no Brasil e na Argentina. Mas, ao mesmo tempo, as Copas do Mundo foram também um espaço de distintas manifestações sociais, que vão além da dicotomia apoio × resistência. Seria certo, então, afirmar que as Copas foram “ferramentas” utilizadas pelos governos das ditaduras brasileira e argentina?
A historiadora Lívia Gonçalves Magalhães faz uma ampla pesquisa e analisa as relações que podem ser apontadas entre os Mundiais de 1970 e de 1978 e as ditaduras no Brasil e na Argentina, assim como o papel da sociedade nesses processos. A autora tenta driblar os anacronismos, na difícil tarefa de captar os processos históricos tais como aconteceram, traçando comparações, semelhanças e diferenças, e buscando explicações e interpretações. A proposta do livro é fazer uma cuidadosa investigação sobre o assunto, tentando desmitificá-lo e fugir de conclusões simplistas.
Com a taça nas mãos
Lívia Gonçalves Magalhães
ISBN: 978 85 83160 14 4
Código de barras: 9 788583 160144
Formato: 17,2×24cm
Número de páginas: 176
Peso: 400g
Ano: 2014
Coedição: Faperj
Um jogo jogado?
Aquecimento
1. Apito inicial
2. Bola rolando
3. O palco
4. Os heróis
5. O décimo segundo jogador
6. Os corneteiros
7. Prorrogação
Referências
Siglas e abreviaturas