Nascido na velha Inglaterra por volta da segunda metade do século XIX, o football association logo transpôs os limites das ilhas britânicas para conquistar pés e corações mundo afora. No Brasil, onde não demorou a aportar, não seria diferente exceto, talvez, pelos resultados de sua formidável aclimatação por aqui. Hoje, passado mais de um século dos primeiros chutes nativos, eis que nos achamos reconhecidos como representantes de um futebol ”arte”, como donos do ”melhor futebol do planeta”. Mais do que isso, orgulhamo-nos de ser ”o país do futebol”.
Mas como o Brasil se tornou o ”país do futebol”? A pergunta não é despropositada, uma vez que a intenção deste livro é precisamente escapar às interpretações lineares e fáceis desse processo, bem como à superfície da paixão incondicional que dedicamos à bola, do brilho de nossos craques, das nossas conquistas nos gramados internacionais. O que se pretende é buscar as raízes do estreito vínculo que se estabeleceu, ao longo do século passado, entre um esporte de origem estrangeira e a nossa própria identidade nacional, raízes que não estão em outro lugar senão na história: afinal, como lembraria o genial Nelson Rodrigues, em futebol o pior cego é o que só vê a bola.
Corações na ponta da chuteira
Fábio Franzini
ISBN: 85 79402 34 9
Código de barras: 9 788574 902340
Formato: 14×21cm
Número de páginas: 96
Peso: 200g
Ano: 2003
Coleção: Passado presente
Alguns exemplares podem apresentar sinais da idade que não comprometem a leitura
Introdução
Capítulo 1. Éramos todos brasileiros?
Capítulo 2. Quando a bola tinha cor
Capítulo 3. A profissão em chuteiras
Capítulo 4. O Brasil é redondo
Considerações finais. Um futuro verde-amarelo
Indicaçãoes de leitura