Por intermédio de uma abordagem sociológica dos problemas das associações corporativas tradicionais dos trabalhadores, O tabu da gestão: a cultura sindical entre contestação e proposição traça um panorama de como se anuncia nos países ocidentais uma nova relação entre patronato e assalariados. Examina, de modo particular, a “terceira via” do movimento sindical contemporâneo, reflexo de uma organização que já não se pretende mais exclusivamente “obreirista”, tampouco “reformista”, mas que, voltada a ser ainda revolucionária, atua na gestão da empresa mediante novos critérios de eficácia social. O obstáculo mais sério a essa mutação cultural reside mais na alienação cultural mundial do que na desigualdade dos meios institucionais e das competências gestionárias.
O tabu da gestão: a cultura sindical entre contestação e proposição
Jean Lojkine
Jean Robert Weisshaupt (tradução)
Maria Helena Rauta Ramos (tradução)
ISBN: 85 86584 46 0
Código de barras: 9 788586 584466
Formato: 14×21cm
Número de páginas: 320
Peso: 430g
Ano: 1999
Alguns exemplares podem apresentar sinais da idade que não comprometem a leitura
Prefácio à edição brasileira
Introdução. Um outro sindicalismo?
Primeira parte. Continuidade e rupturas
Capítulo I. A questão gestionário nas origens do sindicalismo
Um debate fundador entre três correntes do movimento operário?
O “sentimento de conjuntura”: os salários e os dividendos
Um “saint-simonismo operário” que ainda permanece?
A questão de um saber gestionário
A questão da produtividade
Ambiguidades do reformismo gestionárioCapítulo II. A experiência inovadora da liberação (1944–1947)
Debates sobre a gestão
“Quebrar o círculo do social”
Atuar sobre outra produtividade
As experiências concretas dos comitês de gestãoCapítulo III. “Proposições industriais” e “autogestão” – o pós-1968
O “memorando” sobre a siderurgia (dezembro, 1978)
Uma tradição gestionário local. O caso Berliet – RVISegunda parte. Novas estratégias sindicais
Capítulo IV. Alternativas econômicas não-mercantis?
Duas culturas? A clivagem entre as normas mercantis e as normas não-mercantis
O debate sobre a orientação gestionário
É necessário medir os custos num serviço público?
Conflito contra a injustiça ou conflito contra a rentabilidade?Capítulo V. Guerrilhas contra os custos
O debate sobre o THM (taxa horária média)
Limites de uma experiência e obstáculos para sua difusão
Os operários especializados e a intervenção na gestãoCapítulo VI. Co-gerir? Primeiras experiências
Textile Auto: construir novos critérios sem o saber?
Co-gestão?Capítulos VII. A questão dos critérios de gestão
Bloqueios
Passarelas para novos critérios de eficácia societal. Da análise do mercado às críticas da eficácia
As críticas do produtivismo informático
Estratégia e pedagogia das intervenções na não-qualidade
O questionamento da rentabilidade financeiraCapítulo VIII. As medidas da eficácia societal
Da performance à eficácia societal – quatro critérios de avaliação
Duas lógicas de racionalização econômica em experiência nos serviços públicos
Experimentações profissionais e novas intervenções sindicais na política de atenção à saúde
A eficácia societal nas empresas de produçãoTerceira parte. Novas práticas sindicais
Capítulo IX. Novas formas de mobilização coletiva
Como medir as novas relações de forças?
Criar um espaço público de discussão na empresaCapítulo X. “Sair” da empresa
Da fábrica ao espaço público local
As cooperações entre empresasConclusão. Continuidades?
O questionamento do “pensamento único” dos gestionários
A batalha da opinião públicaBibliografia