top of page

E se, na verdade, o outro não estivesse aí? Sem o outro não seríamos nada; porque a mesmidade não seria mais do que um egoísmo apenas travestido. Porque, se o outro não estivesse aí, só restaria a vacuidade e a opacidade de nós mesmos, a nossa pura miséria, a própria selvageria que nem ao menos é exótica. Porque o outro já não está aí, senão aqui e em todas as partes; inclusive onde nossa pétrea mesmidade não alcança ver. E porque, se o outro não estivesse aí, mais valeria que tantas reformas nos reformassem a nós mesmos de uma vez e que tanta biodiversidade nos fustigasse com seus monstros pela noite. Atualmente as palavras “outro”, “respeito ao outro”, “abertura ao outro” etc. começam a resultar um pouco enfadonhas. Há algo que se torna mecânico nesse uso moralizante da palavra “outro”. Mas a questão do outro assumida por Carlos Skliar rareia com as discussões sobre as temporalidades e espacialidades do outro, com as representações e imagens habituais do mundo da alteridade, e tudo isso com o desmesurado e pretensioso propósito de deslizar na política, poética e filosofia da diferença.

Pedagogia (improvável) da diferença: e se o outro não estivesse aí?

R$ 65,00 Preço normal
R$ 39,00Preço promocional

Black friday

Quantidade
  • Carlos Skliar

    Giane Lessa (tradução)

    ISBN: 85 74902 57 8

    Código de barras: 9 788574 902579

    Formato: 14×21cm

    Número de páginas: 224

    Peso: 320g

    Ano: 2003

  • Nota da tradutora

     

    Nuria Pérez de Lara
    Prefácio. Pensar muito além do que é dado, pensar a mesmidade a partir do outro que está em mim

     

    Apresentação. Entre o e se o outro não estivesse aí? E a atenção à diversidade – notas para um
    esclarecimento tão confuso quanto entranhável
    Capítulo I. Sobre a temporalidade do outro e da mesmidade – notas para um tempo (excessivamente) presente
    Capítulo II. Sobre as representações do outro e da mesmidade – notas para voltar a olhar bem o que já foi (apenas) olhado
    Capítulo III. Sobre a espacialidade do outro e da mesmidade – notas para uma deslocalização (permanente) da alteridade
    Capítulo IV. Sobre a anormalidade e o anormal – notas para um julgamento (voraz) da normalidade    
    E finalmente: Ai! Por que temos de nos reformar tanto? Notas para uma pedagogia (improvável) da diferença
    Epílogo. A arte da conversa – Jorge Larrosa
    Referências bibliográficas

Ainda não há avaliaçõesCompartilhe sua opinião. Seja o primeiro a deixar uma avaliação.

Produtos relacionados

Vistos junto

Comprados junto

bottom of page